Em 31 de julho é celebrado o dia do orgasmo! Fisiologicamente falando, ele é o resultado das contrações involuntárias dos músculos da vagina. A sensação de euforia acontece no ápice do prazer durante o ato sexual ou masturbação e vem acompanhada de sinais no corpo como o aumento da frequência cardíaca e respiratória.
Ouvimos a dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra, especialista em saúde sexual e segundo ela, o orgasmo é um pilar importante da nossa saúde, assim como os aspectos físicos, emocionais e nutricionais.
A médica apontou um estudo publicado na Socio Affect Neurosci Psychol em 2016 que estimou que o orgasmo feminino dura cerca de 20 a 35 segundos. Para chegar a este dado, foram analisadas 2.049 mulheres na faixa etária de 18 a 70 anos.
Os cientistas envolvidos no estudo monitoraram a atividade cerebral das mulheres durante o orgasmo. Foi comprovado que áreas como o córtex pré-frontal, o córtex orbitofrontal, a ínsula, o giro cingulado e o cerebelo eram altamente estimuladas. Nessas regiões do cérebro estão envolvidas de várias maneiras no processamento de emoções e sensações de dor, bem como na regulação de alguns processos metabólicos e na tomada de decisões.
Durante o sexo prazeroso e no orgasmo, o hipotálamo libera mais ocitocina, o hormônio do prazer. Isso causa aquela sensação de relaxamento após o ato sexual, reduzindo o estresse.
“De modo geral, praticamente todas as mulheres podem atingir o orgasmo, precisando para isso do estímulo adequado. Infelizmente as disfunções sexuais são bem comuns e podem estar presentes em quase 50% das mulheres! E não para por aí, muitas mulheres por medo, tabus, vergonha e falta de informação acabam vivendo sua vida sexual de maneira insatisfatória, com baixa libido, dor na relação, ausência de lubrificação e dificuldade para chegar ao orgasmo,” diz a dra. Erica.
A ginecologista aponta que o jeito mais fácil de chegar ao orgasmo feminino é através da estimulação do clitóris, onde existem mais de 8 mil terminações nervosas e quando bem estimulado, proporciona muito prazer a mulher. Por isso, em muitos casos a masturbação e o sexo oral podem ser os melhores aliados do prazer.
Engana-se quem acha que a estimulação clitoriana é o único agente para sentir prazer. “A sexualidade feminina é regida por inúmeros outros fatores, sejam físicos, hormonais ou mentais,” diz a especialista em saúde sexual.
“Uma dica que dou para as mulheres que nunca tiveram orgasmo é que conheçam melhor seu corpo. Explore, entenda o ritmo, locais e tipos de toque que lhe dá prazer. Assim, quando for ter uma relação sexual, poderá conduzir o parceiro da melhor forma para que possa vivenciar este momento. O orgasmo é o resultado de uma relação na qual deve haver uma troca de carinho, preliminares e muito respeito. Afinal, sexo só é bom quando é bom para ambos!”
As dicas da dra. Erica Mantelli são super válidas para todas as mulheres: as que nunca tiveram um orgasmo, as que têm dúvidas se conseguiram atingi-lo e até para quem busca melhorar a vida sexual. Tudo parece muito “simples”, mas sabemos que, na prática, não é e cada uma sabe o que atrapalha a sua vida sexual. Então que tal fazer o exercício de se conectar com a sua intimidade?
Nessa hora vale tudo! Colocar uma música ambiente, apagar as luzes, usar lubrificantes (sempre a base de água), vibradores… Cada uma tem um jeito de se excitar e você vai encontrar o seu.
Se mesmo assim continuar com dificuldades de chegar ao ápice do prazer não se preocupe, pois a maioria das disfunções sexuais têm tratamento! Procure ajuda médica especializada para receber as orientações adequadas.